Por Inajá Martins de
Almeida
É Natal. Ruas movimentadas. Brilho por todos os cantos.
Preparativos. Festas. Fogos. Abraços. Apertos de mãos. Muita comida sobre as
mesas ricamente ornamentadas.
É Natal. Estradas agitadas. Carros possantes, desenfreados
aceleram. Há pressa de chegar ao destino, que nem sempre se cumpre.
É Natal. Há frio nos olhares furtivos nas ruas. Párias da
sociedade vagueiam de um lado para outro. Não há paz. Não há harmonia. Não há
apertos de mãos. Não há abraços apertados. Deixaram-se perder, nas ruas,
aqueles que um dia trouxeram alegria a lares, tantos.
É Natal. Leitos compartilham dor e sofrimentos em frios
corredores desertos. Quantos sonhos terminais jazem.
É Natal. Lares. Igrejas. Ruas. Comércio. Presentes. O mundo
gira. Em cada espaço uma esperança, quiçá a desesperança.
Mas é Natal.
Há que comemorar o nascimento de uma criança. Não de uma
criança igual a todas as crianças, mas de uma criança que abdicou de toda
glória, vestiu-se como a um de nós, tornou-se carne e nos amou mais do que
qualquer criança poderia nos amar.
Jesus. Nosso Natal todos os dias.
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