por Inajá Martins de Almeida
Jesus chorou! Por quê? Por quem?
O choro pode durar uma noite... Mas com a
manhã a alegria vem. (Sl 30:5)
Pela primeira vez em minha vida,
algo me fora estarrecedor: - num momento me vi a chorar e lamentar sobre minha
própria situação; a circunstância que me envolvera me dera profundo pesar e
chorava copiosamente, não pelo outro, mas por mim mesma.
Jesus chorou pelos amigos –
Lázaro, morto há quatro dias e pelas irmãs, Marta e Maria, desamparadas. A situação constrangedora o levara as
lágrimas, ao ponto de serem notadas:
- “Vejam como ele o amava?” (Jo 11:35/37)
Outra vez olha a cidade –
Jerusalém – e chora e clama:
-
“Ó Jerusalém, Jerusalém, que assassinas os profetas e apedrejas os que te são
enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha acolhe os
seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vós não o aceitastes! (Mt 23:27)
-
“Ah! Se tu compreendesses neste dia, sim, tu também, o que traz a paz! No
entanto agora isto está encoberto aos teus olhos... porque você não re conheceu
a oportunidade que Deus concedeu”. (Lc 19:41-44)
Adentro a Palavra e não encontro
menção ao choro por si mesmo. Muito embora lamentos sim:
Jó escarnece sobre o dia do seu
nascimento em vários momentos de sua lida sinuosa... (3:1/26);
Jeremias maldisse o dia do seu nascimento
também... (Jr 20:14/18)
Eclesiastes, capítulo 7, alerta-nos
sobre dias sobre opressão, tristezas, lutos... Extremas incoerências;
comparações...
Todavia, eis que chega à
conclusão: -
- “Deus fez os homens justos, mas, eles foram à busca de muitas
intrigas”. (Ec 7: 1/29)
Davi e seus 600 valentes prantearam
a cidade incendiada e saqueada, suas mulheres levadas em cativeiro.
Prantos e prantos, choros e
lamentos encontramos por toda a escritura, mas em meio a tantos temores há
momento de chorar e há momento de lutar e eis que me valho dessas passagens
para estancar a dor que invadiu minha alma.
Por instante, ante aquela notícia
de dor, aquela doença que sobreviera àquele companheiro forte, que julgara
intangível, quedou-me ao lamento forte e me senti prostrada a chorar pela
solidão que em breve assolaria corpo, alma e coração.
E a mente me sobreveio Jesus a
chorar por Lázaro, por Jerusalém. Eu a chorar por mim. Sim...
Poderia estar a chorar por meu
companheiro, inerte num leito de hospital, mas, entretanto, encontrei-me a
chorar por quem? Por mim. Sim! Por mais estranho que possa parecer.
Chorei por mim, desamparada que me sentia de
pai e mãe – ausência que se faz latente em todos os momentos.
Chorei por mim, pela impotência
de lutar a causa que já se apresentava perdida.
Chorei pela pequenez da fé que se
abriu em minha mente. Enfim... Chorei o pranto de criança que nem ao menos sabe
o porquê e para que tanto choro que se fez abafado.
Chorei! E chorei, também, porque percebi que o meu Senhor chorou por mim e, nesse instante, cessaram-se minhas lágrimas, meu pranto de mim se apartou e pude perceber que, em meio ao meu sentir choroso e melancólico, o choro pode durar uma noite, mas ao nascer da manhã a alegria veio me consolar.
Chorei! E chorei, também, porque percebi que o meu Senhor chorou por mim e, nesse instante, cessaram-se minhas lágrimas, meu pranto de mim se apartou e pude perceber que, em meio ao meu sentir choroso e melancólico, o choro pode durar uma noite, mas ao nascer da manhã a alegria veio me consolar.
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