por Inajá Martins de Almeida
Josué pranteava.
Derramava-se em dor e lágrimas. Era Moisés que partira. Até aquele momento,
figura impoluta, servira-lhe de exemplo – a que servia e seguia. Escudo forte,
presença real e constante. Mão amiga, agora deixava o cenário e quedava-se por
terra a prantear, quando o soar de um trovão o faz despertar.
Josué estava
enlutado. Era a morte de seu líder a ceifar-lhe o ânimo.
Passamos por
momento similar? Podemos decliná-lo? Sem dúvida: doença, morte, separações
bruscas, perda financeira, demissão daquele emprego que tanto almejamos e
sonhamos.
O tempo, cada qual
o tem a seu modo. Alguns quiçá se levantam.
- Josué! Josué! Moisés, meu filho é morto, portanto,
levanta-te e anda.
Eis que mais um ano nos premia o cenário da existência. Segundo dia de 2019. Tópicos prenunciam os dias que se encontram em aberto no ensejo de mudanças, renovos, transformações, informações.
Eis que planos nos apontam o levantar e o caminhar.
Há meses, aquele que me fora tão constante nos passeios, mãos dadas, nas leituras em questionamentos constantes, no partilhar trabalho, deixa-me prostrada, enlutada.
Mas, conhecedora de tantas mensagens, de tantas palavras de ânimo, fé e coragem, aquilo que poderia levar-me à prostração, deu-me impulso a sair do meu luto e buscar conforto entre amigos, entre palavras nos encontros, nas palestras disseminadas na rede mundial.
Mas, conhecedora de tantas mensagens, de tantas palavras de ânimo, fé e coragem, aquilo que poderia levar-me à prostração, deu-me impulso a sair do meu luto e buscar conforto entre amigos, entre palavras nos encontros, nas palestras disseminadas na rede mundial.
Eis que me vejo ante Josué que adentrara a terra prometida e aquele paralítico em que os amigos o levaram de maca à presença de Jesus e fora curado.
Se um observara que naquela terra manava leite e mel, os amigos bem o sabiam que naquela casa, não importava em quais circunstâncias chegariam, a levar aquela maca em que o amigo se mantinha prostrado por tempo incalculável, a cura viria daquele que caminhava e realizava maravilhas por onde passava.
Se um observara que naquela terra manava leite e mel, os amigos bem o sabiam que naquela casa, não importava em quais circunstâncias chegariam, a levar aquela maca em que o amigo se mantinha prostrado por tempo incalculável, a cura viria daquele que caminhava e realizava maravilhas por onde passava.
Em aberto o caminho que, embora estreito e rodeado por gigantes, pode ser transposto se mãos amigas puderem segurar, encorajar e encaminhar àquele que pode perdoar pecados, e ainda dizer que os pecados são perdoados; que também não impede, tampouco ordena ou solicita que a maca seja abandonada, antes orienta que ao levantar, tome a "sua maca e ande".
Posso vislumbrar que não devemos nos esquecer do que fizemos e fomos, entretanto que, se curados da nossa enfermidade física e moral, a maca não seja o empecilho para a caminhada. Que, embora a carreguemos conosco, ela já não tem o mesmo peso e significado.
Levanta-te e anda. Teus pecados te são perdoados.
Levanta-te e anda Josué. Moisés é morto.
A palavra é viva. Serviu para aquele tempo. Para aqueles personagens. Serve para nós no presente.
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