sábado, 31 de julho de 2010

NO PRINCÍPIO... E AGORA!?

Inajá Martins de Almeida

No princípio trevas e vazio pairava sobre os céus e a terra. A terra estava sem forma e vazia e tenebrosa escuridão envolvia a face do abismo, mas... movia-se o Espírito de Deus.

Na palavra forte, de poder e autoridade, manifesta-se Deus – “Haja luz!” (Gn 1:3); e houve luz e maravilhava-se Deus com todas as suas criações – luz, céu, água, terra, sol, lua, estrelas, os seres viventes, homem e mulher. Em seis dias a tudo criara e abençoara; no sétimo, enfim, descansa.

Ao homem, criação máxima de Deus – sua imagem e semelhança – à sua conta, fora-lhe dado autoridade e poder para reinar, juntamente com sua adjutora.

Em qual momento, então, toma conta do coração do homem a maldade, a ganância, a cobiça, sendo que a tudo que Deus criara, era-lhe, a Seus olhos bom? E por quê?

Não diferente de Adão ou Eva, encontramos hoje situações similares, quando não assumimos nossos atos, nossos erros – “a mulher que me deste por companheira me deu da árvore, e eu comi!” (Gn 3:12); desobedecemos – “não comerás da árvore do conhecimento do bem e do mal...” (Gn 2:17); julgamos ser auto-suficientes, ainda que  Deus nos repreenda ao manifesto de que  – “... sem mim, nada podeis fazer”.  (Jo 15:5)

E o homem conheceu o bem e o mal, lançado fora do Éden. E a maldade se multiplica...

Em uma simples discussão entre casais (jovens na maioria das vezes), a mulher fala algo que ao marido desagrada, desfere-lhe um esbarrão, ou um levantar de mãos mais inflamado, ele, aquele que deveria proteger e prover o lar, a família, com sustento material, moral, espiritual, desfere-lhe golpes de mãos, de pés,  de faca, de revólver, ou quem sabe o que mais.

Quantas vidas ceifadas em tenra idade, vítimas de inconsequências abusivas por parte daquele que do pó viera. Tivera esfriado o coração do homem, como a Palavra alerta? “E por multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriara”. (Mt 24:12)

Se naquela época a terra tornou-se violenta e corrompida, ao ponto de haver arrependimento de Deus pela sua criação, mostra-se diferente hoje? Ou será que estamos nos apresentando perante Deus como Noés; aquele que a Bíblia diz ser “homem justo e sem mácula em sua geração e andava com Deus”. (Gn 6:9)  

Prefiro pensar na possibilidade em haver Noés que procuram restabelecer a aliança com Deus; Abraãos que intercedem e buscam a formação de uma grande nação; Paulos que mesmo “se pudesse falar a língua dos homens e dos anjos, sem amor nada seria” (1Co 13). Jesus que veio ao mundo para remir os pobres e necessitados; os doentes. “Não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse por ele salvo” (Jo 3:17) e, finalmente, que: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênto,  para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”. (Jo 3:16)


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