Enquanto os discípulos dirigiam-se à cidade em busca de alimento, Jesus descansava junto à fonte de Jacó. A certa altura aproxima-se, calada, uma mulher e um cântaro nas mãos. Jesus intercede:
– Dá-me de beber! Surpresa, cabisbaixa, arrisca a fala:
– Como... o senhor sendo judeu dirige-se a uma samaritana. Jesus não se atém às palavras fortuitas, e em tom imperativo, a instrui:
– Mulher... se soubesses quem lhe pede de beber, você é quem me pediria água e eu lhe daria água viva.
Um diálogo interrogativo se trava.
– Como senhor me darás água, se fundo é o poço e o senhor não tem como tirá-la.
Novamente Jesus lhe dá sinais de sua força e seu poder; ao beber da água do poço, a sede seria saciada momentaneamente, e logo voltaria, porém, a água que Ele oferecia, saciaria a sede; ademais, a água entrando em seu corpo, tornar-se-ia fonte a jorrar para a vida eterna.
Intrigada... cala-se. Cessaram os argumentos. Quem era aquele enfim, que não temia dirigir palavra àquela repudiada por todos. Que poder exercia aquelas palavras... de que água falava.
– Vá e traga seu marido.
– Senhor, não tenho marido. Claro, Jesus sabia, cinco maridos tivera, e tampouco este o era. Percebera a mulher, que aquele que lhe falava era um profeta – a vinda do Messias, não lhe era desconhecida.
– Eu sou o Messias.
Perplexa, deita o jarro no chão e corre a chamar os seus:
– Vinde... vinde... Vinde ver o Messias. Ele me disse tudo quanto tenho feito. Até meus pensamentos pode adentrar.
E muitos foram e creram, por causa do testemunho da mulher, e também por causa da Sua palavra; muitos tinham ouvido e sabiam que aquele era de fato e verdade o Salvador do mundo. (João capítulo 4:1/42)
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