O silêncio da tarde invadia meu ser.
De repente, da janela do quarto, oitavo andar,
Olhei para fora e vislumbrei o imenso céu a me sorrir.
Ouvi Deus me falar baixinho
O quanto eu era importante para Ele.
Contemplando Seus feitos, a Sua criação,
Senti-me pequenina em Seus braços fortes.
Quis chorar, gritar e cantar de alegria,
Mesmo em meio à dor
Da solidão, que me invadia alma.
E, no silêncio da tarde, os olhos fechei,
E sonhei que Jesus em seus braços
Carregava-me;
todo meu passado triste apagava;
Como filha me amava.
Os olhos fechados,
a alma em repouso,
O coração ritmado
– vagaroso, lento –
Pude então perceber,
que não era sonho:
Era sim a realidade.
Jesus ali estava presente;
Dava-me a mão, carregava-me no colo
Quando meus passos
Não podiam continuar a jornada.
Acariciava-me o rosto,
Enxugava-me as lágrimas
Falava-me baixinho e me confortava;
Trazia-me novo alento;
Fazia-me nova criatura.
Permitia-me tecer e escrever,
Nas linhas do tempo, uma nova história.
Assim, despertar não pudera,
Pois, agora soubera,
Que jamais só estivera.
Jesus sempre presente se mantivera.
Tola não sabia, o quanto Ele me queria.
E, no silêncio da tarde,
Pude me encontrar com o Meu Senhor
Que me ensinou a jamais ser triste
A jamais estar só
(poema de Inajá Martins de Almeida)
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