domingo, 21 de fevereiro de 2010

NAAMÃ E A PEQUENA SERVA


Certo homem -  Naamã -  rico, poderoso, herói de guerra, grande comandante, respeitado pelo rei da Síria, embora valente, era leproso. 

Em suas batalhas, na terra de Israel, fizera prisioneira pequena jovem, a qual estaria a serviço de sua mulher.

Alma virtuosa, temente a Deus, movida pela compaixão e, conhecedora dos feitos do profeta Eliseu, em Samaria, diz à sua senhora que aquele homem de Deus poderia curar o seu senhor.

Muitas vezes corações vaidosos e endurecidos, não entendem a palavra, quando estas saem de bocas, que aos olhos do mundo são inexpressivas.

Quem era afinal a jovem serva? Que poder detinha para falar com aquela propriedade? Contudo, ela – a jovem – bem sabia quem ditara a mensagem. Bem sabia quem servia. Antes de servir aquela rica senhora, servia ao dono do ouro e da prata. Servia o Senhor, o Deus criador de todo o universo.

Nítido se via a mão imperiosa de Deus, colocando uma serva, para trazer liberdade aquele lar aprisionado pela doença. 

Naamã acata as orientações e parte, sem contudo deixar de levar cartas ao  rei das terras em que pisaria - exigências necessárias. 

Desconhecedor do grande poder, daquele profeta, encaminha Naamã ao rei de Israel, juntamente com proventos e uma carta, onde se lia para que este curasse seu servo. 

Veja a confusão! O que o rei da Síria não entendia, era o fato de que o poder dos homens, não poderia prevalecer naquele momento, mas sim o poder de Deus.

Aos ouvidos do profeta Eliseu o fato correu e, em sua porta o valente general, rico e poderoso, mas leproso, quedou-se em petição.

Pensara este – Naamã – que o profeta invocaria seu Deus, faria uma oração, colocaria as mãos em sua cabeça e logo seu corpo ficaria curado daquele mal que o acometera. Eliseu, contudo, conhecedor daquele coração vaidoso, envia-lhe um mensageiro que lhe pede o sacrifício – banhar-se nas sujas águas do rio Jordão por sete vezes.

Quando Deus se manifesta em nossas vidas, Ele nos quer despojado de todas as vaidades, de todos os entraves que nos dividem entre a matéria e o espírito. 


Deus nos quer desapegados de todas as amarras. Assim sucedeu com Naamã. Agora, pobre, indefeso, doente, não estava em condições de questionar, que à águas mais limpas, rios melhores poderia ter sido encaminhado. Deus lhe pede o sacrifício completo – a obediência. 

Naamã bem sabia o significado da obediência.Tinha homens a seu comando. Sua voz sempre era acatada.

Finalmente, compreendera que a cura estava em seu interior. 

Acreditou. Manifestou gesto de humildade perante seus servos, acatando-lhes as palavras. Retornou ao profeta num gesto de agradecimento. Exerceu a fidelidade ao desejo de não mais se voltar às práticas pagãs a que era exposto.

Fatores que o fizeram se lançar às águas e sair limpo delas. 

Livre, estava aquele que, agora, tinha plena convicção a quem servia, graças àquela pequena serva, mantida cativa. 

Livro de 2Reis capítulo 5 versículos 1 à 27
Texto de: Inajá Martins de Almeida


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