Negue-se a si mesmo...
A noite tingia-se de prata. A lua tímida escondia sua grandeza
e nos minguava sua coloração prateada.
Olhava eu o firmamento. Contava estrelas. Meditava na Palavra.
As pessoas que na pequena capela atentas ouviam o preletor discorrer sobre o
negar-se a si, encontraram-se em comunhão. Eu ainda me encontro.
Minha mente percorria o Livro e buscava eu alinhavar textos e
compor o meu próprio texto.
Eis que Jesus passava...
Extasia-me a mensagem da passagem de Jesus, sempre acompanhado por grande multidão.
Eis que, Jesus olha para um pescador – Simão Pedro – e lhe pede avançar o barco e lançar a rede que em poucos minutos se torna carregada de peixes, ao ponto de não mais conseguir, com a força dos seus braços fortes, carregá-la e passa a pedir auxílio.
Extasia-me a mensagem da passagem de Jesus, sempre acompanhado por grande multidão.
Eis que, Jesus olha para um pescador – Simão Pedro – e lhe pede avançar o barco e lançar a rede que em poucos minutos se torna carregada de peixes, ao ponto de não mais conseguir, com a força dos seus braços fortes, carregá-la e passa a pedir auxílio.
Como fora possível? Há pouco a pesca lhes fora infrutífera.
Trabalho árduo não lhes rendara o resultado almejado – os peixes em suas redes.
Agora, fartavam-se todos da boa pesca.
Como tem sido nossa pesca diária? Fartam-se os peixes? Somos
saciados? Ou percebemos que nossos braços fortes necessitam auxílio...
Simão Pedro era experiente pescador. Conhecia todos os
meandros do mar, mas ali, naquele momento percebe algo diferente.
Quem era
aquele homem que lhe direcionava a palavra? Quem era aquele homem que aos peixes clamava e estes o obedeciam? Que lhe concede outro nome?
– “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela”. (Mt 16:18)
Como nos sentiríamos num momento tal qual os pescadores?
Se um desconhecido nos abordasse na rua e nos propusesse lançar nossa rede? O
que responderíamos?
Mais ainda que o seguíssemos...? Seguir para onde...?
Ademais, olhar para nosso nome e dar significado tal?
– “Inajá” – palmeira.
– "Davi" – um homem segundo o coração de Deus
– "Davi" – um homem segundo o coração de Deus
Novamente meus questionamentos...
Quem sabe o de muitos...
Onde estou lançando minha rede? Onde estou prostrando
meus joelhos? Inclino-me a pensar eu como pecador? Estou disposta a deixar meus
pertences e seguir...?
Mais ainda... Negar meus desejos? Minhas vontades?
A Simão Pedro lhe fora proposto o não temer, pois certamente o temor lhe invadiu alma e coração, ao ponto de Jesus conhecer-lhe o íntimo:
– “Não temas, pois que de agora em diante
serás pescador de almas” – disse Jesus a Simão Pedro, entretanto, seus
companheiros Tiago e João, em terra firme, ouvindo a mesma palavra, deixaram seus barcos e O seguiram e
puderam ver milagres e maravilhas sendo operados.
Ademais, percebo que a Bíblia nos diz sobre Zebedeu – pai de
Tiago e João.
Por que estaria ali mencionado o pai dos dois pescadores? E o que
podemos depreender dessa menção? Chego a concluir que o pai exercia significado sobre a vida dos filhos. Respeitado. Pautado em sua integridade familiar.
Podem nossos filhos serem significados como filhos de qual família? Por qual nome podemos designá-los e direcioná-los. Em mim trago forte a marca de minhas famílias e as distingo - pai e mãe. Mesmo sabedores da família de cristo, temos nossa família constituída aqui na terra e, por ela, temos que zelar constantemente.
Podem nossos filhos serem significados como filhos de qual família? Por qual nome podemos designá-los e direcioná-los. Em mim trago forte a marca de minhas famílias e as distingo - pai e mãe. Mesmo sabedores da família de cristo, temos nossa família constituída aqui na terra e, por ela, temos que zelar constantemente.
E meus pensamentos, novamente, levam-me a imaginar que o
pai conduzira os filhos à pesca e, portanto, dependia deles, quiçá velho, apartado
do trabalho rude e árduo. Porém, não fora, o pai dos dois pescadores, consultado. Eles simplesmente
entenderam, partiram e puderam acompanhar milagres e maravilhas caminhando
junto a Jesus. O pai, certamente já os havia instruído.
Penso em mim. Penso em cada um de nós...
Quantas vezes não tivemos a coragem de olhar para Jesus e
pedimos que de nós se afastasse – pecador que nos enxergamos e somos – tal qual
Simão Pedro?
Jesus conhece nosso mais profundo interior:
– “Não me escolhestes
vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai Ele vo-lo conceda” – (Jo 15:16)
Assim foi que, numa noite em que lua se me apresentava
tímida, meus pensamentos puderam acompanhar a Palavra de instrução e seguir em
linhas, sob ponto de vista que me levaram a digerir ainda mais o que meus
ouvidos e intelecto puderam absorver.
E, além do mais, a partir dessa sintonia harmoniosa que se
pode sentir no espaço e nos corações, Jesus continua gentilmente a solicitar
lançar nossa rede, quando nos convida a segui-lo.
– “Se alguém quer vir após mim”.
Entendo a par da Palavra, a condicional (se) e reflexiono.
Jesus não nos obriga. Convida-nos. Ademais, aplica-nos condições – podemos ou não acatá-las; podemos ou não firmá-las em contrato.
– “Negue-se
a si mesmo”
Concordância, contrato
que devemos firmar ao despojarmos do nosso eu, do nosso querer;
– “Tome cada dia a
sua cruz”
Sabedores de que Jesus não nos prometeu retirar de nós as aflições,
temos de estar aptos a cada dia levar nosso fardo para adentrar à
terceira proposta
– “E siga-me”. (Lc
9:23)
Desta forma, mediante essas prerrogativas que possamos nós nos alicerçar na Rocha que nos dá sustentação e tomarmos como exemplo o apóstolo Paulo que, em sua carta
aos Gálatas, nos deixa em registro:
– “Já estou crucificado
com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo
na carne, vive-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo
por mim” (Gl 2:20)
A manhã me encontrou e tornou minhas reflexões em linhas,
tais que puderam registrar o encontro de uma noite acalorada, em que a partilha
da pesca nos rendeu muitos peixes.
____________
Eis que ao tempo me rendo e o computo. Estas linhas me renderam bons 120 minutos (duas horas) a meditar, pesquisar, estudar, redigir, ler e reler e, por fim, compartilhar este estudo em forma de reflexão; linhas estas abertas a novas linhas, a novas meditações e reflexões.
Rendo-me a inspiração Divina, em agradecimento, que me proporcionou este momento tão gratificante.
Manhã de quinta-feira 04 de outubro de 2018 - 8h30 às 10h30)
Rendo-me a inspiração Divina, em agradecimento, que me proporcionou este momento tão gratificante.
Manhã de quinta-feira 04 de outubro de 2018 - 8h30 às 10h30)
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