quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESTAMOS PRONTOS PARA A BATALHA?

Texto de Inajá Martins de Almeida

“Esforçai-vos... Fazei-o e será Deus com os retos”.  (2Cr 19:11)
Um homem, em que atitudes boas foram encontradas, ainda que em meio a situações contraditórias. Um homem que buscava separar-se das evidências mundanas e preparar seu coração para buscar a Deus. Homem de oração que tão bem soube reunir sua congregação e se prostrar em terra a conclamar a mão de Deus para a batalha iminente. 
E eis que Deus o coloca em pé, aquieta seu reinado e concede paz ao seu redor.
Era tempo de lutar. O inimigo andava ao derredor. Não se aquietava. Não se intimidava. Não descansava. Não concedia descanso. Impetuoso! Audacioso! Insolente inimigo!
Quantos de nós podemos nos enredar nas malhas daqueles que nos querem levar às profundezas das paixões mais insólitas?
Jesus, contudo, não nos prometeu uma vida de glória, de brilho, de sucesso – ele mesmo sofreu a indiferença, o descaso, a incompreensão, a perseguição, a negação, a cruz. – “No mundo tereis aflições...”.  Entretanto, solicitou-nos para que recobrássemos nossos ânimos. Para que a Ele fôssemos quando sobrecarregados estivéssemos. O mundo era por Ele vencido!  
Orientou-nos para que déssemos a outra face, quando reprimidos fossemos. Que amássemos nossos inimigos, muito mais do que aos amigos. Que perdoássemos tantas vezes quantas fosse necessário. Perdão incondicional.
Sabia que não tínhamos conhecimento da extensão de nossos atos. Para isso foi que veio. Para nos tirar da lama do pecado. Para nos dar ânimo. Para carregar nosso fardo. Para que fossemos seus imitadores. Para que fizéssemos Suas obras e mais ainda. Para nos legar a promessa da vida eterna.
Teria mentido?
Afinal, diz a Palavra, não ser Deus homem para mentir, tampouco filho do homem para que se arrependa, pois bem conhece nossas obras. E se nos arrependêssemos de nossos atos, se a Ele depuséssemos todas as nossas faltas e pecados, Ele próprio é quem nos perdoaria e nos purificaria e seria nosso justo juiz. Ele próprio nos daria a paz. Não precisaríamos ter nosso coração conflitado, nem atemorizado ante as admoestações. – “A minha paz voz dou...”
Josafá, rei de Judá, o qual lhe viera mensageiro a trazer notícias desagradáveis:  – “vem sobre ti grande multidão...” – se coloca a clamar pelo socorro de Deus.
O que fazemos nós quando grande multidão de contrários nos cerca? Quando nossos opositores apenas conseguem observar nossas mazelas e mais carga negativa ainda nos imputa? Estancamos ou buscamos reverter o quadro tenebroso.
Bem! Podemos nos colocar nos átrios do Senhor e conclamar, tal Josafá, a inexistência de forças, em nós mesmos, para o combate iminente. Podemos nos apresentar humildes e fracos – “é quando estou fraco aí é que sou forte” – para que Deus possa agir com Sua força e poder quando lhe pedimos que julgue nossa causa. Podemos levar nossa petição e trazer à lembrança os grandes feitos do Senhor no passado. Por acaso não seria o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó? 
Ele responde a Josafá. Não responderia a nós também?
 “Parai. Não tereis que guerrear; ficai em pé para que possam ver a salvação que ora sobrevém. Convosco serei e marcharei amanhã contra seus opositores. Não temais e não vos assusteis”.
Quer maior segurança do que pensar que Deus está agindo a nosso favor, quando julgamos que essa batalha está perdida, ante a multidão de obstáculos que há anos nos privam de avançar a caminhada em busca de novos caminhos, de novas perspectivas, de novas rotas?

Pois certo é que Ele mesmo nos diz que se nele crermos, estaremos seguros. É de Deus que vem nossa segurança.

Josafá pode desfrutar dessa aliança com Deus num reinado tranquilo, próspero e duradouro. Durante vinte e cinco anos fez tudo o quanto era correto aos olhos de Deus, quando então pode descansar junto a seus pais. Ademais, legou a seus filhos a herança dos bens preciosos de que fora cercado – prata, ouro, cidades fortificadas, o reinado para o primogênito. 

E nós? Devemos nos conformar com a multidão de contrariedades que nos cercam?

Não é a Sua própria Palavra que nos exorta a não nos conformarmos com este mundo? Sim! Porém Ela também nos orienta a nos transformar e renovar nosso entendimento para que desfrutemos da “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12:2)
Josafá teve a ousadia de se achegar a Deus com sua petição e ser ouvido.
E nos dias de hoje? Poderia ser diferente?  Seria outro o Deus de Josafá, quando Ele mesmo nos diz ser o Senhor?
– “Não mudo...”

(texto baseado no livro de 2 Cr 19, 20)

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