terça-feira, 18 de outubro de 2011

A QUEDA DO HOMEM

Texto de Inajá Martins de Almeida

Seria bom o homem viver só?

No princípio a tudo Deus criara. Arquiteto do Universo, de forma magistral, planeja cada passo a ser dado. A terra sem forma e vazia. Trevas. Abismo. Mas Seu Espírito se movia. Deus arquitetava. Deus planejava. Deus trabalhava. Deus colocava em ação seus planos.

Ao som de Sua palavra houve luz. Água e terra se separam e se juntam. As estrelas iluminam o firmamento. Seres viventes povoam terra e mar. À obra, todavia, faltava-lhe algo...

Deus se maravilhava. A tudo acha bom. Gosto deste momento. Fico a imaginar Deus se maravilhando das obras de Sua mão. A natureza, as flores, os pássaros, os animais que correm soltos no Édem. As estrelas, a noite, o dia, as águas, a terra.

Estaríamos nós a nos maravilhar ante todo esse espetáculo diário? Será que o emaranhado de afazeres tem nos privado de olhar para a obra que Deus nos legou e agradecer a cada manhã e a cada fim de dia, quando então podemos repousar?

Mais ousados ainda. Podemos nos maravilhar de nossas atitudes. De nossas ações. De nossos feitos. De nosso trabalho. De nosso caminhar com Deus?

Bem... Se não de todo, tento pelo menos apreciar e agradecer o dom da vida que me foi dado de graça, pela graça, para a graça dEle.

Deus, porém, pensa num ser que lhe fosse semelhante. Que dominasse e atribuísse nomes a todos os seres viventes. Que frutificasse e multiplicasse Sua obra. Eis que do pó da terra cria o homem, sopra-lhe as narinas e o fôlego da vida faz entrar.

A ele dá a incumbência de lavrar e guardar Seu Jardim. Autoriza o livre acesso aos lugares, às árvores frutíferas que lhe dará o alimento, apenas uma objeção à árvore do conhecimento do bem e do mal deverá ser intocada. Portanto, ao homem restava-lhe obedecer.

E o homem vivia seus dias, até que Deus zeloso, observador percebe a solidão em que se encontrava e da parte central do seu corpo, da sua costela, cria aquela que seria sua auxiliadora. Que caminharia a seu lado. Carne de sua própria carne. Ossos dos seus próprios ossos. A varoa, tal sua semelhança.

Que maravilhoso pensar no cuidado de Deus para com o homem. Mas, eis que a desobediência adentra os corações e aquele a quem lhe fora solicitado cuidar e zelar de toda criação de Deus, desobedece, levado por uma palavra de sua adjutora. 


Avançam o sinal vermelho. Desrespeitam a ordem primeira. Conhecem o pecado. Tornam-se pecadores. Perdem o paraíso. Tornam-se mortais. Enganados são pelo mais astuto dos animais – a serpente. Ardilosa,  irreverente, intransigente, insolente serpente.  

Aquele a quem Deus confiara agora não assume o próprio erro – “a mulher que me deste por companheira me deu a comer da árvore... e eu comi”


Foram enganados. Enganaram-se ante as respostas afiadas. Percebem-se nus. Sentem a vergonha do engano e buscam se esconder.

É diferente nos dias atuais? Não procuramos culpados às nossas próprias falhas, à nossa própria desobediência?

Jesus pagou o preço de nossos pecados. Ainda devemos persistir? 





3 comentários:

Sidnei Moura disse...

Olá Inajá!

Passei por aqui. Parabéns pela reflexão e pelo excelente blog.

Sidnei Moura disse...

Olá Inajá,

Passei por aqui, Parabéns pela excelebte reflexão e pelo excelente blog.

Inajá Martins de Almeida disse...

Obrigada Sidnei

É Deus que nos capacita às reflexões.
Gosto muito dessa passagem, assim, tecer algumas linhas me fora prazeroso por demais.
Quando Deus está no controle, os fios se desenrolam.

Um abraço

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