por Inajá Martins de Almeida
As manhãs sempre me proporcionam
novo pensar e pesar.
Leituras levam-me a reflexões além do livro e autor e
divago e passo aos meus rabiscos.
Neste
momento é o autor Henrik Ibsen,
norueguês, considerado o criador do teatro realista moderno, e que viveu
no século XIX, início XX (20/03/1828 – 23/05/1906), com sua peça instigante
“Casa de Bonecas” que vem tocar fortemente meu sentir mulher, numa época
conturbada quanto esta em que estamos envolvidos – enquanto humanidade.
Incrível é que livros e autores podem
nos tocar e falar, ainda que distantes e fora do cenário atual.
As cenas em que
a protagonista se vê envolvida, pode ser aquela em que podemos até pensar em
nosso papel dentro do lar, da família, da sociedade – enfim, paralelo entre a mulher que se dedica
aos afazeres do lar e a mulher com todos esses e mais as atribuições
profissionais fora do lar – estudo, preparo para o mercado de trabalho. Quantas
vezes, cansaço, abandono de si.
Bom... O que me veio à mente, a
par da leitura em si, fora a grande rebelião ocorrida no céu.
Recorro a trechos nas Escrituras.
Donde porventura tantas contendas? Tanto
desentendimento, fome, seca, desavenças familiares?
Sim...
“És tu que debilitas as nações...
“ (Is 14:12); tentas e prometes (Lc 4:6) o que não podes cumprir, posto que
lançado fora desde as alturas; “tu que eras querubim ungido para proteger, e te
estabeleci...” (Ez 28:14), “que engana todo mundo... (Ap 12:9)
Para mim já é o bastante,
sabedora de que aquele que criado fora para ser anjo de luz, a nós chega para
“roubar, matar e destruir” (Jo 10:10); roubar nosso viver em Cristo, matar
nossos sonhos vindouros e destruir nossa morada eterna.
Olho para o cordeiro, sendo
levado cativo, calado, carregando consigo nossas dores e mazelas, Ele que a
nenhum pecado fora encontrado, sobe calado para o sacrifício final e me coloco
na atualidade quando pessoas choram no altar, sob palavras e canções emotivas,
saem agraciadas, encantadas, extasiadas, mas, decorridos momentos fugazes, a velha
criatura volta habitar aquela que há pouco se envolvera em êxtase, ante o
local, as pessoas...
Apenas maquiagem.
Sepulcros caiados, impacientes no
trânsito, nos lares.
Dois mil anos se tornaram distantes demais, pior ainda,
almejam pela volta do Mestre. E me questiono:
- para quê?
Sim, fora o texto que me levou a dimensão da escravidão. Fora nos dado o paraíso, mas optamos por agarrarmos a seduções.
Muitos a brincar de casinha de bonecas envolvidos com aquele que seduz, que rouba e mata.
Lemos... E a leitura nos eleva quando dela buscamos aprendizado, aperfeiçoamento para entendermos o que fazemos com nossa vida, com nossos sonhos.
Nas manhãs... o encontro com Aquele que nos leva ao entendimento através de leituras várias.
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