segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PRESSÕES QUE INCOMODAM - DESEQUILIBRAM OU ALAVANCAM?

por Inajá Martins de Almeida


Quantas pressões nos assolam todos os dias? Casa. Trabalho. Marido. Mulher. Filhos. A lista cresce.

Quantas pressões nos desequilibram, mexem na estrutura do prumo. Derrubam-nos. 

Pressões! Quantas aborrecem e “emburrecem”. Descai semblantes. Amargam almas e corações.

Pressões “burras” incomodam.  Consequências? Desastrosas.    

Pressões “inteligentes”  alavancam ao aprendizado e crescimento.



Pontos de vista. Vista a buscar  pontos.  Equilíbrio.

Abrão sentado fora da tenda observa aquela imensidão a sua frente. Calor de deserto. Horizonte interminável. Três figuras a se aproximarem. Corre ao encontro. Conversam. Sara se incomoda. Ri incrédula.

Sob pressão da falta de esperança na maternidade, a Sara o entendimento agora lhe é fugidio.  Pressionada ante as palavras só tem olhos para a alternativa bem a sua frente: a escrava egípcia. 

Sob pressão física, a fome de Esaú clama o guisado, ao ponto de entregar a primogenitura ao irmão gêmeo. Pressão do alimento imediato. Pressão da necessidade que se deseja satisfazer e pronto. Alto preço a pressão burra passa a incomodar.

Sob pressão da inveja, filhos se vêem perante um pai que clama pelo mais jovem, José,  deixado no deserto a sua sorte. Vendido como escravo, agora, sob pressão é dado como morto.


Sob pressão dos incapazes, Neemias incomodava. Solicitado era a descer do muro com frequência.  A obra não podia parar. Era uma grande obra, ainda que sob pressão trabalhasse.


Sob pressão da verdade, Jeremias era lançado em prisões ao  clamar a Israel e Judá a voltarem ao Senhor.


Sob pressão de medo, Elias ante a perspectiva de morte, lançada por uma palavra de mulher,  evade-se para a caverna e solicita para si a própria morte.

Jesus passava. Grande multidão o seguia. A muitos incomodava.

Sob pressão no Gólgota, a si solicita ao Pai afastar o cálice. Era a exaustão ante a pressão que se apresentava infame.

E nós no dia a dia?

As pressões nos incomodam ou nos alavancam?



Sentimos incômodo ante pressões?

Incomodamos com as aparentes pressões?

Cada qual o seu modo saberá responder. 



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