por Inajá Martins de Almeida
Nossos olhos, quantas vezes, atentam para campinas verdejante. Dois
caminhos. O deserto não nos atraí. Engana-nos nosso coração. Perverso. Quem o
poderá conhecer? Alerta-nos o profeta Jeremias.
Tempos outros, dirão alguns. Distantes de nós argumentarão outros. Mas a
Palavra não muda. Deus não é mentiroso. Porque tudo o que dantes fora escrito,
para nosso ensino o fora escrito. Os romanos foram admoestados pelo apóstolo
Paulo, nos primórdios da nossa Era.
Dezembro. Mês festivo. Natal. Percebe-se burburinho nas ruas. Lojas ricamente ornamentadas
expõem seus produtos. Aonde encontrar o “dono da festa”?
Tempos modernos dirão muitos. Troca de presentes. Mesas fartas. Muitos
ao menos convidam o anfitrião a cear.
Não percebo disparidade nos regalos. O abuso sim. A inversão de valores.
O ter superando o ser.
Aprecio o imaginar aquele olhar de quem estamos a dedicar nosso tempo, a lembrança envolvida em papéis brilhantes, o cartão, a mensagem.
Saio às ruas alegre de mim.
Saio às ruas alegre de mim.
O clima festivo me faz aproximar de pessoas novas. Reflexionar minha
mente. Trocar palavras, quando tanto se reluta ao diálogo – quase que
impossível na era tecnológica.
Sempre me perguntei o porquê de tanta dificuldade dialógica. Mas...
O pequeno príncipe me diz ser o essencial invisível aos
olhos e que só se pode enxergar através do coração. Mas se enganoso! Como então?
Passei a perceber serem os olhos que transmitem diálogos concretos.
Jamais me esquivo do olho no olho. Redobro atenção.
Saio descontraída. Busco compartilhar ideias. Sentir a presença
marcante. Aquele que para mim representa o mover do meu ser. Percebo-me rodeada
por gratificantes momentos.
O personagem central me acompanha. Sorri de mim. Alegra-se de mim. Alegro-me dele. Compartilho de Sua presença marcante.
O personagem central me acompanha. Sorri de mim. Alegra-se de mim. Alegro-me dele. Compartilho de Sua presença marcante.
Penso nas crianças: neta, sobrinhos-neto. Busco-lhes o olhar. O
abraço terno. O afago sincero.
Volto ao passado, quando aqueles que já não são crianças ocupavam as posições hoje invertidas. O filho, a neta. Os sobrinhos, os sobrinhos-netos. À família, a nora amada, a "co-sobrinha".
Uns partem. Outros chegam. Acrescentam mais um. Quiçá alguns. Memórias. Registros que não se apagam jamais.
A cada qual uma lembrancinha personalizada.
O dia a se aproximar. O encontro aguardado com vislumbres de alegria.
Cada qual o seu modo abre seus corações. Nada ofertam. Suas
mãos vazias de presentes. É a expressão dos olhos que supera valores possível fora.
Diálogo profundo. Inesquecível. É Natal. Convidado fora a cear naquela
casa, o anfitrião.
Corações transbordantes. A porta aberta. Convite aceito. Valores insubstituíveis. Quem há de atribuir. Família.
Fora as crianças que moveram meus sentir maior. A família a se multiplicar. A família a nos tornar crianças. A família a nos fazer sonhar.
Deixai vir a mim as criancinhas. É o Mestre a orientar.
Fora as crianças que moveram meus sentir maior. A família a se multiplicar. A família a nos tornar crianças. A família a nos fazer sonhar.
Deixai vir a mim as criancinhas. É o Mestre a orientar.
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