sexta-feira, 11 de abril de 2014

E DEUS ENDURECEU O CORAÇÃO DE FARAÓ

por Inajá Martins de Almeida

Leituras dos textos sagrados surpreendem-me a cada releitura. Quanto mais ao me deparar com palavras que cintilam e me fazem dedicar tempo específico. 

Posso então analisá-las, decompô-las, estudar seus sentidos, momento em que vislumbro aplicação prática para o viver presente, porque: 

- “tudo o que dantes fora escrito, para nosso ensino fora escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15:4).

Desta feita, endurecer o coração de faraó levou-me ao Egito, quando Moisés declinava as ordens de Deus para a libertação do povo cativo em terras estrangeiras e tremia os alicerces, antes inabaláveis, do senhor daquela nação.

Moisés que educado fora na ciência vigente da época, dentro de suntuoso templo. 

Moisés que aos planos de faraó seria o sucessor do trono, agora se vê seguro, ante aquela figura austera, mas tão frágil.

Moisés que vislumbrara a magnanimidade de quem a ele se apresentara em meio a sarsa ardente que não se consumia, não gagueja.

Moisés que despira os pés ao adentrar uma terra santa.

Moisés que ouvira o EU SOU a dizer:

- “Eu vi a aflição de meu povo que está no Egito. Ouvi os seus clamores por causa de seus opositores. Eu conheço seus sofrimentos...” (Ex.3:7)

Moisés, agora, incomodava aquele que outrora o elegera príncipe e não podia ouvir as recomendações Daquele que não conhecia.

Moisés, que bem sabia quem colocava palavras em sua boca. A libertação de um povo cativo se fazia iminente:

“- Deixa ir o meu povo, para que me sirva...” (Ex.9:1).

Deus endurecia o coração de faraó. (Ex.9:12)

E quanto mais Deus tocava na potência que era a nação, ceifando-lhe bens, mais o coração de faraó se enrijecia, tornava-se duro, insensível, intransigente, endurecido.

Ah! Soubera entender que "ao homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio” Pr 29:1

Tragado fora grande exército por águas revoltas. Grande alvoroço se fez sentir. 

A nação escrava não mais erigia monumentos. A terra prometida que manava leite e mel agora podia ser vislumbrada.   

Em nossos dias, mediante tanto ensinamento será que nos convém “recalcitrar contra os aguilhões”? (At 26:14)

E Deus endureceu o coração de faraó. Poderia endurecer o nosso coração também?

"- Eu sou o Senhor e não mudo". (Ml 6:3)




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