Quantas! Mulheres sunamitas.
Mulheres que, em idade avançada,
Perdera a expectativa da maternidade.
Mulheres que, tendo se realizado,
Na maternidade, perdera os filhos
Para a crueldade do mundo:
Para as drogas; para as celas frias e fétidas
De uma prisão carcerária.
Mulheres que até viram ceifadas,
A vida, do filho amado, nas mãos cruéis da morte.
Ou, até quem sabe:
Para a ingratidão; para o desprezo;
Para a distância; Para o afastamento.
Em todo canto podem ser vistas:
Mulheres sunamitas.
Fracas, pobres, oprimidas, tristes, vazias.
Sem expectativa do amanhã.
Sentadas a beira das calçadas;
Quem sabe até, morando em casas luxuosas,
Ou em pobres barracos.
Rejeitadas... Mulheres sunamitas.
Mas... Saibam quantas forem,
Mulheres sunamitas,
Aquela... Que a Escritura conta
Acreditou na Palavra de um Profeta.
Concebeu a maternidade;
Viu, também, a vida do fruto amado, esvair-se,
Mas não se curvou. Antes...
Colocou aquele corpo inerte sobre a cama,
E partiu em busca de socorro certo.
Não se intimidou com a sorte que lhe sobreviera.
Entretanto...Com coragem e determinação;
Com sabedoria e comunhão, com Aquele
Em quem acreditara,
Restitui a vida ao fruto da promessa.
Não importa onde estejam.
Se branca ou negra.
Tampouco sua condição cultural:
Se letrada ou analfabeta
Ou, até quem sabe, seu estado social:
Se rica ou pobre, bem casada,
ou abandonada.
A ser descoberta.
(Texto elaborado por Inajá Martins de Almeida, tendo como cenário o profeta Eliseu e a mulher sunamita extraído dos textos sagrados 2Reis 4:8-37)
5 comentários:
Sim, querida Inajá, há uma Sulamita em cada mulher nesse mundo. O que nos equilibra para aceitar o aprendizado de fatos realtivos à nossa vivência diária. As coisas corriqueiras que nos forram o coração, adubam nossa alma, que nem sentimos, como as folhas das árvores quando caem no outono, para termos flores na primavera... mas, ninguém gosta do inverno, tempo de reflexão, do frio da alma, da reclusão. Porém, é através dele que chegamos à primavera. Lindo ser Sulamita. Quem sabe, assim sendo, selaremos essa dádiva com a segurança de atingir novos ideais. Beijos, felicidades e a paz!
Belíssimo poema, Inajá. Tocante. Sensível. Desvendador da alma feminina. Aberto à dor das inúmeras Sunamitas dos dias de hoje. Muitas delas sem profeta Eliseu e sem Carmelo. Parabéns.
Rita querida amiga dos bons alinhavos em nossos retalhos. Somos sim Sunamitas, guerreiras, corajosas, não nos intimidamos com as adversidades e partimos em busca de soluções. Tuas palavras adubam minha alma dia após dia, quando percebo que as flores nascem e crescem viçosas em meu jardim, ante nossa amizade. Obrigada amiga querida.
Obrigada pastor e amigo Jefferson pelas palavras dispensadas ao texto, um dos meus preferidos. Sim, como é maravilhoso e gratificante saber que temos o profeta Eliseu a nos inspirar e o Carmelo a nos agasalhar. Que a paz reine sempre em seu viver.
Fiz um comentário no esclarecedor texto da escritora Ely http://replantiodeoutono.blogspot.com/2012/03/heroinas-do-seculo-xxi.html
Ela me respondeu com palavras carinhosas. Achei por bem colocá-lo aqui também, sob meus agradecimentos.
Ely Vieitez LisboaMar 7, 2012 01:33
Cara Inajá Martins de Almeida,
Honrada com sua visita no meu Blog. Você é inteligente, culta e sensível. Visitei seu Blog e li seu poema. Muito belo. Seus versos são de um lirismo forte, as alusões bíblicas pertinentes e sugestivas. Volte sempre!
Um abraço.
Ely
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