domingo, 28 de fevereiro de 2010

A VIÚVA E O AZEITE

Muitas vezes julgamos que por seguir Jesus nossos caminhos serão facilmente transpostos, nossas portas serão abertas, nosso fardo será leve, nosso jugo suave, mas quando nos deparamos com as aflições, cobramos bom ânimo: algumas vezes a Ele nos voltamos, tantas outras, apenas nos revoltamos.


Não fora diferente no passado, quando a viúva recorre ao profeta Eliseu, ao rumor iminente de que credores viriam buscar os dois filhos para servirem-nos de servos.


Em sua petição, o argumento inicial era de que o marido lhe fora servo fiel, temente ao Senhor e nada lhe deixara – a ela e aos filhos – a não ser dívidas e uma botija de óleo.

- “Que te hei de eu fazer?” Atenta Eliseu.


Quantas vezes permanecemos silentes em meio a situações adversas, querendo nos valer das próprias mãos, dos próprios recursos, quando Jesus nos diz para a Ele recorrermos. Quantas mais, até nos equivocamos, ao julgar nosso comportamento irrepreensível perante as coisas do Reino. Quantas mais falamos até de forma inequívoca?


Ele quer ouvir nossa voz, nosso clamor, nossa petição. Mas também quer nossa proximidade, nosso caminhar, nosso coração.


A viúva recorreu ao profeta; aquele de quem ela tinha conhecimento; de quem o marido servira.


- “O que é que tens em tua casa?”


O profeta não se deixara levar pela emoção daquele pranto, antes questiona a provisão que os mantivera até aquele momento. O palco não mais era ocupado pela figura central – o marido – agora, a ela cabia suprir as necessidades prementes; era-lhe necessário encher-se de ânimo e coragem, para atuar no palco de uma nova situação.


Com certeza, teve tempo suficiente para perceber como estava seu coração, seu comprometimento, seu envolvimento, seu caminho e seu caminhar com o Senhor, a partir daquelas palavras – quem sabe até jamais pensara ouvi-las – mas que fizeram toda a diferença.


A viúva tinha convicção de que o marido era servo fiel do profeta – temente ao Senhor - entretanto, faltavam-lhes recursos materiais e espirituais. Seria por descuido? Por falta de entendimento da Palavra? Sabia que em casa havia apenas uma botija de óleo e nada mais, muito embora também se declarasse “serva” do profeta.


Moisés, já deixara registrado em Deuteronômio - um dos seus cinco livros que compõem a lei mosaica – capítulo 28, que exaltados seriam todos aqueles que atentassem à voz do Senhor; que os inimigos que por ventura viessem a se levantar por um caminho, por sete sairiam; por cabeça seriam colocados; a muitos emprestariam, jamais algo tomariam emprestado; no fruto do ventre se veria abundância, entretanto, cativos seriam levados os filhos.


Quantos pais, hoje, freqüentam igrejas, são simpatizantes, membros, obreiros, pastores, mas seus filhos são escravos das drogas, das doenças, da prostituição, da homossexualidade, do adultério, casamentos fracassados.


Quanto engano! Quanto equívoco!


A frente do profeta encontrava-se a viúva a prantear.


- “Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos”.

Vazios estavam seus vasos. O marido servira ao profeta; temente era a Deus, mas, quem sabe deixara faltar o óleo em casa. Vazios ficaram os vasos – da viúva e dos filhos – que agora necessitavam recorrer tanto às benesses dos vizinhos, quanto encontrar vasos para serem preenchidos do óleo.


Fechados estavam todos, julgando que o cabeça suprira a necessidade espiritual do lar, quando na verdade, deveriam estar na presença de Deus – todos.
Entrementes, ao invés de receber uma palavra de alívio, de consolo, de conforto, é-lhe cobrada uma posição perante as coisas de Deus.


Isso é o que nos acomete, muitas vezes, quando estamos passando por situações adversas aquelas que pressupomos melhor para nosso viver. Uma doença em família, uma perda brusca de um ente querido, uma perda financeira, e nos descuidamos do essencial, o invisível aos nossos olhos – abandonamos o único que pode nos trazer resposta, alívio, consolo; mostrar-nos o Caminho. Buscamos o homem, quando deveríamos mesmo era criar intimidade com o Senhor, ao ponto de podermos chamá-lo de Pai – Papai.


Um Pai do qual se pode assentar à mesa, fartar-se de toda regalia que se coloca sobre ela, manter diálogo franco e aberto, expor-lhe o coração por inteiro, posto que chamados fomos para servi-lO, como filhos, não como servos.


- “Então, entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio”.


Após esvaziarem-se das mágoas, das tristezas, da falta que a presença do marido e pai deixara naquela casa, abrirem os olhos e o coração para se irmanarem a vizinhança – a família espiritual – a sós, os três, começam a preencher os vasos com óleo.


Visível se torna o desejo do Senhor para com a viúva e os filhos, não diferente com relação a nossa postura. Ele nos quer por completo, livre de embaraços, para que sirvamos de exemplo, primeiro para nossos mais próximos – os da nossa própria casa.


Ao nos pedir que adentremos o mais íntimo do nosso ser, quer nos auxiliar na difícil tarefa de lançar fora os entraves que atrapalham nossa ascensão a Ele; não apenas a nossa pessoa, mas partindo daqueles que nos são mais próximos, para abarcar o maior número possível de pessoas.


- “Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto”.


Jesus não só nos dá a oportunidade de vivermos da Palavra como do azeite – o Espírito Santo – como também nos dá o pleno conhecimento de que nossa dívida fora paga na cruz do calvário – a nossa, a de nossos filhos e de todos aqueles que O buscar.

_____________


Livro de 2 Reis capítulo 4 versículos 1 à 7
Bíblia Sagrada - edição Alfalit Brasil 2002
na interpretação de Inajá Martins de Almeida








O LOUVOR DA MULHER VIRTUOSA

Mulher virtuosa, quem a achará?
O seu valor excede o de finas jóias.
Busca lã e linho
E, de bom grado, trabalha com as mãos.
Estende as mãos ao fuso,
mãos que pegam na roca.
Não teme a neve,
pois todos andam vestidos de lã escarlate.
Faz para si cobertas,
veste-se de linho puro e de púrpura.
Faz roupas de linho fino,
e vende-as.
Dai-lhe do fruto das suas mãos,
e de público a louvarão as suas obras”.

Provérbios 31:10-31
Texto de Inajá Martins de Almeida

MULHERES SUNAMITAS

Quantas! Mulheres sunamitas.
Mulheres que, em idade avançada,
Perdera a expectativa da maternidade.
Mulheres que, tendo se realizado,
Na maternidade, perdera os filhos
Para a crueldade do mundo:
Para as drogas; para as celas frias e fétidas
De uma prisão carcerária.
Mulheres que até viram ceifadas,
A vida, do filho amado, nas mãos cruéis da morte.
Ou, até quem sabe:
Para a ingratidão; para o desprezo;
Para a distância; Para o afastamento.
Mulheres sunamitas. Quantas!
Em todo canto podem ser vistas:
Mulheres sunamitas.
Fracas, pobres, oprimidas, tristes, vazias.
Sem expectativa do amanhã.
Sentadas a beira das calçadas;
Quem sabe até, morando em casas luxuosas,
Ou em pobres barracos.
Rejeitadas... Mulheres sunamitas.
Mas... Saibam quantas forem,
Mulheres sunamitas,
Aquela... Que a Escritura conta
Acreditou na Palavra de um Profeta.
Concebeu a maternidade;
Viu, também, a vida do fruto amado, esvair-se,
Mas não se curvou. Antes...
Colocou aquele corpo inerte sobre a cama,
E partiu em busca de socorro certo.
Mulher sunamita,
Não se intimidou com a sorte que lhe sobreviera.
Entretanto...Com coragem e determinação;
Com sabedoria e comunhão, com Aquele
Em quem acreditara,
Restitui a vida ao fruto da promessa.
Mulheres sunamitas,
Não importa onde estejam.
Sua cor... O que tem a ver?
Se branca ou negra.
Tampouco sua condição cultural:
Se letrada ou analfabeta
Ou, até quem sabe, seu estado social:
Se rica ou pobre, bem casada,
ou abandonada.
Haverá sempre uma mulher sunamita
A ser descoberta.

(Texto elaborado por Inajá Martins de Almeida, tendo como cenário o profeta Eliseu e a mulher sunamita extraído dos textos sagrados 2Reis 4:8-37)

JESUS - NO SILÊNCIO O ENCONTRO

O silêncio da tarde invadia meu ser.
De repente, da janela do quarto, oitavo andar,
Olhei para fora e vislumbrei o imenso céu a me sorrir.
Ouvi Deus me falar baixinho
O quanto eu era importante para Ele.
Contemplando Seus feitos, a Sua criação,
Senti-me pequenina em Seus braços fortes.
Quis chorar, gritar e cantar de alegria,
Mesmo em meio à dor
Da solidão, que me invadia alma.
E, no silêncio da tarde, os olhos fechei,
E sonhei que Jesus em seus braços
Carregava-me;
todo meu passado triste apagava;
Como filha me amava.
Os olhos fechados,
a alma em repouso,
O coração ritmado
– vagaroso, lento –
Pude então perceber,
que não era sonho:
Era sim a realidade.
Jesus ali estava presente;
Dava-me a mão, carregava-me no colo
Quando meus passos
Não podiam continuar a jornada.
Acariciava-me o rosto,
Enxugava-me as lágrimas
Falava-me baixinho e me confortava;
Trazia-me novo alento;
Fazia-me nova criatura.
Permitia-me tecer e escrever,
Nas linhas do tempo, uma nova história.
Assim, despertar não pudera,
Pois, agora soubera,
Que jamais só estivera.
Jesus sempre presente se mantivera.
Tola não sabia, o quanto Ele me queria.
E, no silêncio da tarde,
Pude me encontrar com o Meu Senhor
Que me ensinou a jamais ser triste
A jamais estar só

(poema de Inajá Martins de Almeida)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

JOANA

A Bíblia faz menção a mulheres ricas. Ricas de posses materiais, aparentemente bem casadas, com situação pública privilegiada, mas que por trás do cenário fastigioso, escondiam grandes e tristes dramas: a solidão, o descaso, a submissão e tantos outros fatores, para a época, considerados normais, com relação a mulheres. Não diferente de nossos dias.


Enquanto Jesus e os doze discípulos caminhavam de cidade em cidade, aldeia em aldeia, anunciando o evangelho do reino, muitas mulheres o seguiam. Algumas por terem sido curadas de suas enfermidades físicas e espirituais, outras por haverem crido em suas Palavras, outras ainda com suas posses; assim, diz a Bíblia, as mulheres ricas “o serviam com seus bens”. (Lu 8:1-3)


Pela lei a que a sociedade da época estava exposta, às mulheres apenas era reservado a submissão. Com certeza não diferente a Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes.


Por que a Bíblia frisa bem o nome da mulher e seu marido? Os propósitos de Deus são inquestionáveis, o que podemos depreender através das entrelinhas é que Joana ocupava lugar de destaque na sociedade, mas por trás daquela figura pública, bem trajada, bem cuidada, com certeza havia prantos de dor escondidos nas profundezas do seu frágil ser – Jesus o sabia e a encontrou e, principalmente foi encontrado, enquanto passava.


Seriam males espirituais, físicos? Não o sabemos, apenas que enquanto Jesus passava mulheres foram curadas – Joana lá estava.


Mulheres que se tornavam fortes, quando Jesus as animava a terem bom ânimo; a semearem a boa semente em campo fértil para que esta pudesse florescer e dar frutos; a amarem incondicionalmente e, principalmente que a Ele viessem quando cansadas estivessem, posto que seu fardo era leve e seu jugo suave.


Ora! Essas mulheres conheciam bem seus fardos. Embora abastadas por recursos financeiros, levavam vidas miseráveis dentro de seus corações feridos - Maria (chamada Madalena), Joana e Suzana (Lu 8:2).


Com certeza Joana a partir daquele momento se transformara. Com certeza, Cuza pode perceber sua mudança interior, seu semblante resplandecente. Ela encontrara aquele que lhe trouxera respostas às suas indagações. Alegria ao seu viver diário. Esperança a um porvir melhor, digno e, com certeza, o ritmo de sua casa também se transformara.


Agora podia olhar para seu marido e ver que atrás daquela suposta austeridade, daquele homem poderoso e dominador, havia um ser frágil que também almejava ser alcançado pelo amor.


Joana, mulher sábia, com certeza soube entender que ao marido deveria prestar as honras e fidelidade de esposa, mas sabia agora quem ocupava o lugar central do seu coração. Uma nova esperança lhe era apresentada.
E os proventos? Os bens com que servia a obra de onde vinham? Com certeza do marido - que ao imperador servia - e do qual pouco se fala; pouco se tem notícia. Mas, é na pouca informação que se pode perceber na Palavra de Deus que algo muito grande e magnífico há por trás das linhas.


Suposições... Um olhar além do ponto. Cada uma de nós pode perceber o alcance de nossas vistas, quando é Deus que nos dá entendimento, quando a Ele nos voltamos.


Joana, de alguma forma, tinha conhecimento de Jesus e quis se certificar dele, não apenas ouvindo falar, mas indo ao seu encontro, expondo-se publicamente, colocando à sua disposição seus préstimos, principalmente o que as mulheres da época tinham em escassez – bens materiais.


Não se intimidou perante seu marido que, com certeza, percebeu a mudança ocorrida, dando-lhe suporte necessário, ainda que de forma dissimulada. Quem sabe!


Se de forma clara não nos é dada a continuidade desse maravilhoso episódio, bem o sabemos que Jesus passava; que estava sempre em movimento, buscando alcançar vidas e mostrar o Caminho – as boas novas do Reino.


Que cochos passavam a andar, cegos enxergar, males do físico e da alma eram curados.Que grande multidão o seguia, mas que também muitos eram alcançados pelo seu toque suave.


Quantas Joanas puderam encontrar Jesus!

Quantas Joanas puderam ser encontradas por Jesus?

E hoje? Quantas...



Texto de Inajá Martins de Almeida
Através da Leitura Bíblica de Lucas 8:1-3

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A OBRA DE DEUS NÃO VAI PARAR

Deus tem pensamentos e planos a nosso respeito "pensamentos de paz e não de mal, para nos dar o fim que esperamos, de paz, amor, alegria, comunhão" (Je 29.11)

Com certeza a obra de Deus não vai parar porque:


"Todos nós fomos chamados para cumprir ao menos um propósito especial do Senhor. A nossa existência, os dons e os talentos que recebemos, a família na qual nascemos, o lugar onde moramos, trabalhamos e estudamos, a igreja onde congregamos - tudo isso tem a sua razão de ser, serve a algum propósito de Deus. E cabe a nós descobrir, para cumpri-lo da melhor forma".

Silas Malafaia - Os insondáveis propósitos de Deus - pág. 31


DIVINA MÚSICA


"A música é um elo entre Deus e o homem. Entre o que é real e o mundo dos sonhos - a mente e o coração. Destas, nomeio os dois caminhos que rumam a minha vida: a música e o meu amor. Sem amor não crio a minha música e sem a música, não há razão para se amar".
.
David Martins de Almeida Maldonado

O VENDEDOR DE SONHOS


"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder
Estou seguro de que sou imperfeito
Podem me chamar de louco
Podem zombar das minhas ideias
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante
Que vende sonhos para os passantes
Não tenho bússola nem agenda
Não tenho nada, mas tenho tudo
Sou apenas um caminhante
À procura de mim mesmo.


O vendedor de sonhos: o chamado - Augusto Cury

JESUS SALVADOR


Hoje eu estou tão em paz comigo
Parece até que não faz sentido
O que eu tenho chorado
O que eu tenho sofrido.
Hoje eu olhei o céu da minha janela
Vi no meu coração a presença tão bela
Jesus sorrindo e dizendo pra mim. 


Vem, deposita em minhas mãos
Todos os seus problemas
Levante esse olhar, não chore, não tema
Não perca essa fé que você tem em mim
Quem vem a mim
Se alimenta do pão da vida
Quem segue os meus passos
Não sente as feridas
Tem a paz que eu dou
É feliz enfim. 
Senhor perdoai meus pecados
Me aceita a seu lado
Me deixa tocar esse manto sagrado
E a graça que eu peço
Terei na sua luz. 
Senhor, quem sou eu pra que entreis
Em minha morada
Mais um fio de sua luz
Numa telha quebrada
Ilumina uma vida pra sempre Jesus
 

Jesus Salvador, Jesus Salvador
Jesus Salvador, Jesus Salvador
 
Senhor consolai os que choram
Curai os que sofrem
Nas ruas, nos guetos
Nos becos escuros
Na chuva, no frio
Piedade daqueles que pensam
Que a felicidade é a riqueza, o poder
Ser feliz na verdade
É quem tem Jesus dentro do coração. 
 
Jesus Salvador, Jesus Salvador
Jesus Salvador, Jesus Salvador
 

(Roberto Carlos)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A MULHER DE PILATOS

Cala-se Jesus perante Pilatos. Quando preso por seus algozes, acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos, reserva-se o direito de manter-se em silêncio. Apenas uma vez, ao ser questionado pelo governador: - “És o Rei dos judeus?” – responde-lhe de uma forma não comprometedora: - “Tu o dizes”.

Ali, perante aquele que detinha o poder para julgar, libertar ou aprisionar, não se furtava às profecias contidas no Livro de Isaias: – “como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como ovelha muda perante seus tosquiadores, Ele não abriu a sua boca” (Is 53:7). Sabia claramente que ao não se defender em causa própria, tornar-se-ia nosso advogado e intercessor eternamente. Quem sabe até pudesse mudar a história, mas o curso natural haveria de se cumprir e deixou-se calar.

Pilatos, com certeza, almejava outra reação. Não se tem argumento perante o silêncio, principalmente diante de um justo. As muitas acusações a Ele imputadas, não atingiam aquele ser impoluto, que se mantinha calmo e sereno mesmo sabedor do martírio que horas após haveria de passar. Conhecia o Pai, com Ele tinha intimidade de filho; a eternidade, Sua morada, esperava-o, assim, mantinha-se silente.

No sinédrio a mulher de Pilatos manda-lhe dizer para que nada faça àquele justo. Seu sono fora acometido por visões horripilantes que muito a fizeram sofrer.

Que cenas seriam essas? O martírio? A crucificação de Cristo? Quem sabe o próprio sofrimento eterno? Jamais o poderemos saber, decorridos dois mil anos e afastados que estamos dos personagens que encenaram o palco da história mais magistral que escritor algum jamais pode reescrever.

A mulher não tem nome, apenas a conhecemos como “a mulher de Pilatos”. Não se apresenta em pessoa, costume da época; manda-lhe comunicar. Se o sonho lhe fora tão perturbador, poderíamos pensar que em suas mãos uma nova história pudesse ser contada, entretanto, sua mensagem não fora contundente ao marido, muito menos àquela multidão sedenta e persuadida pelos chefes dos sacerdotes e anciãos.

A mulher não ousou, mas com certeza o sonho a acompanhou pelo resto de sua vida, quiçá pela eternidade. As janelas, daquelas cenas, abertas em sua mente, jamais puderam ser fechadas.

Pilatos, sem argumentos, ainda pergunta ao povo: - “Que farei com Jesus, chamado Cristo?” e lava as mãos. Com certeza sua consciência jamais fora lavada.

E hoje? O que estamos fazendo com Cristo?


Texto de Inajá Martins de Almeida baseado na pregação do pastor Edson Quinezi – reunião dia 21/10/2010 – Igreja Batista Betel de São Carlos - Livro de Mateus 27:11-26

RESTAURANDO A VISÃO

Quando atingimos algum alvo, ou mesmo buscamos a realização de um “sonho”, projetos e ou objetivos, muitos dizem: teve visão, enxergou longe, ou mesmo pessoa de visão.

Vemos claramente que Jesus, restaurou a visão de muitas pessoas, inclusive o cego Bartimeu filho de Timeu; esta visão física demonstrava sempre a capacidade de Jesus em realizar milagres.

Vemos também que a verdadeira e fundamentada visão que Jesus nos trouxe, sempre vai além da correção ocular, trazendo o conhecimento de Deus, a fé e a certeza de que a Visão Espiritual poderia ser resgatada através dos seus ensinamentos.

Um “humano” fisicamente cego o reconheceu como Jesus Filho de Davi, enquanto muitos e muitos que tinham plena visão física, não conseguiram enxergar os valores espirituais que Jesus ofereceu aos homens; sim estruturas não física, mas fundamentos da sabedoria e senso de busca do auto aperfeiçoamento espiritual ou “lapidação da alma”.

“Quantos hoje ao buscar a Jesus ainda são repreendidos, pelas ditas pessoas que enxergam, mas não tem visão espiritual”.

Marcos 10:48 – Muitos o repreendia para que se calasse, mas ele não se calava e clamava cada vez mais... “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim”.

Marcos 10:51 – E Jesus falando, disse-lhe, que queres que eu te faça?

Poderia ser uma pergunta com resposta bem clara e simples, porém o que implicaria a cura da cegueira? 

Mudança de vida? 

Sim a mudança da visão de vida, dos costumes de um homem que se tornara mendigo. Teria que recomeçar, reaprender, reavaliar seus valores, enfim renascer para uma nova visão de vida. Porém mesmo antes de ser curado o mesmo já tinha se desvencilhado de seu único bem: sua capa, sabendo que mudaria de vida.

Ele entendeu claramente: O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos: “não somente a visão, um projeto melhor e maior para a humanidade.

Para encontrar Jesus, na maioria das vezes, precisamos nos desvencilhar de muitas capas.

Então comecemos por restaurar nossa visão de que sofremos porque nos falta entendimento, daquele que disse ser o Caminho, a Verdade e a Vida, que somente através dEle poderíamos chegar ao Pai.

____________________

texto de Elvio Antunes de Arruda com apartes de Inajá Martins de Almeida
reunião 21/01/2010 – quinta-feira – pastor Luiz Nunes – Igreja Batista Betel São Carlos/SP

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A MULHER SAMARITANA

Enquanto os discípulos dirigiam-se à cidade em busca de alimento, Jesus descansava junto à fonte de Jacó. A certa altura aproxima-se, calada, uma mulher e um cântaro nas mãos. Jesus intercede:
– Dá-me de beber! Surpresa, cabisbaixa, arrisca a fala:
– Como... o senhor sendo judeu dirige-se a uma samaritana. Jesus não se atém às palavras fortuitas, e em tom imperativo, a instrui:
– Mulher... se soubesses quem lhe pede de beber, você é quem me pediria água e eu lhe daria água viva.
Um diálogo interrogativo se trava.
– Como senhor me darás água, se fundo é o poço e o senhor não tem como tirá-la.
Novamente Jesus lhe dá sinais de sua força e seu poder; ao beber da água do poço, a sede seria saciada momentaneamente, e logo voltaria, porém, a água que Ele oferecia, saciaria a sede; ademais, a água entrando em seu corpo, tornar-se-ia fonte a jorrar para a vida eterna.
Intrigada... cala-se. Cessaram os argumentos. Quem era aquele enfim, que não temia dirigir palavra àquela repudiada por todos. Que poder exercia aquelas palavras... de que água falava.
– Vá e traga seu marido.
– Senhor, não tenho marido. Claro, Jesus sabia, cinco maridos tivera, e tampouco este o era. Percebera a mulher, que aquele que lhe falava era um profeta – a vinda do Messias, não lhe era desconhecida.
– Eu sou o Messias.
Perplexa, deita o jarro no chão e corre a chamar os seus:
– Vinde... vinde... Vinde ver o Messias. Ele me disse tudo quanto tenho feito. Até meus pensamentos pode adentrar.
E muitos foram e creram, por causa do testemunho da mulher, e também por causa da Sua palavra; muitos tinham ouvido e sabiam que aquele era de fato e verdade o Salvador do mundo. (João capítulo 4:1/42)
Leitura Bíblica João capítulo 4 versículos 1/42
Texto de Inajá Martins de Almeida

NEEMIAS: reflexões em meio a mil decisões

Pr L.Aguiar Valvassoura – Igreja do Nazareno Campinas


Tobias e Sambalate são personagens que representam negativismo e derrota.

Vamos encontrá-los no livro de Neemias, quando este, ajuntando todos os esforços possíveis, mobilizando todas as pessoas disponíveis para executar a obra, precisava gastar tempo para tratar com uma oposição que não deveria existir. No meio dessa luta, esses dardos vivos do inimigo se lançaram contra Neemias para tentar distraí-lo da obra mais importante que o homem de Deus estava fazendo.

Tobias e Sambalate ainda estão vivos.

Prefiro gastar hoje o nosso espaço com milhares de pessoas anônimas que se juntaram a Neemias e reedificaram os muros da cidade queimada e caída. Quem eram? Pouco sabemos. Por mais que o escritor sagrado os aliste, pelo resultado obtido, sabemos que eram milhares. Gente que dormia com espada na mão e coração na obra.

Durante uma grande reforma das nossas instalações, entrava e saía dezenas de vezes por dia do nosso templo
em ruínas. Buracos por todos os lados bancos amontoados; homens-tatus enfiados a mais de oito metros de profundidade para dentro do solo, cavando os fundamentos que sustentariam o teto e galerias; faiscas de solda caindo por todos os lados... o meu coração se inquietava e se alegrava ao mesmo tempo: "Não podemos descer... estamos fazendo grande obra." (ref.) era sempre a resposta a Sambalate e Tobias.

Alguns desceram. Desanimaram. Criticaram e ainda criticam. Para quê tudo isto? Tobias e Sambalate... eles se foram. A obra se completou.

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