Texto de Inajá Martins de Almeida
sob os capítulos Gênesis 12 em diante
Chove.
Há dias o tempo se sustenta em água. 2017 respira seus últimos suspiros.
Envelhecem seus 365 dias. Entregam-nos outros mais. Multiplicam-se anos.
Somam-se alegrias, dores e tristezas. Vemos pessoas cansadas. Vemos pessoas
desorientadas. Vemos... Entretanto, não conseguimos perceber a presença de
anjos que nos falam, apontam-nos promessas. Apenas olhamos para o alto e
observamos estrelas... Com elas sonhamos. Queremos alcançá-las. Não nos atemos
ao anjo e rimos. Observamos apenas nossa condição infértil. Desacreditados
continuamos olhar estrelas no céu e o anjo a partir, sem nos darmos a devida
nota.
- saída
do seu lugar de segurança, para peregrinar em terras estranhas;
- envolvimento
com pessoas de conduta dúbia, a pensar no sobrinho;
- encontros
com reis de outras nações;
- mentiras
a que fora submetida a compactuar, por duas vezes, muito embora meia mentira,
mas as conseqüências drásticas demais,
mais
ainda,
- entrega
de Agar, a que Abrão não conjecturou e Ismael nasceu, nascendo assim, sob
promessa de Deus a nação que se perde de vista. Nação que em futuro entraria em confronto com
o irmão que nasceria. Nações que contenderiam e se dividiriam.
Penso
nas Sarais que todos os dias, em todo o planeta são ultrajadas, lançadas a
sorte, ao escárnio, ao pecado, ao repúdio e mais drástico ainda, a morte.
O
tempo não fora acatado. A que ponto se chega à descrença, à incredulidade, à
infertilidade. Mesmo anjos se apresentando, Deus falando, o discernimento cega
e ensurdece, a espera cansa e por si toma atitude; a crença de que o
cumprimento da promessa se fará em dia, hora e local prometido desaparece.
Ismael já é fato concreto e cresce, abrindo mais chagas no viver de Sarai.
Agora,
mudam-se os nomes - Sara e Abraão – marido e mulher – perante Deus a
constituição da grande nação – mas a roupagem ao que parece continua a mesma. Isaque
nasce, cresce o menino, quando o mais grave, o momento crucial lhes advém.
Agora não mais ao casal, mas a Abraão. É Deus a pedir a restituição do filho da
promessa e sai o patriarca. Madrugada adentra, pai e filho seguem.
Onde
Sara. A Palavra não nos expõe o fato. Pensamos apenas o que é um filho para uma
mãe. Por que Deus a pedir o sacrifício dessa natureza ao pai? A mãe não
entregaria? Não disporia o filho da promessa? Quem sabe?! Ana soube entender tempo depois e Samuel
desmamado seguiu para a casa do profeta Eli.
Aqui
apenas fica a sensação das feridas abertas em Sara. E vemos Isaque retornar, não
mais para o convívio com sua mãe, mas para terras estranhas. O que teria
acontecido. Será que não acontece hoje também?
O que
se conta é que Sara morre aos 127 anos no local de sua segurança. No local que
lhe inspirava, posso imaginar a presença de Deus em seu viver.
Sua tenda, decorridos anos, se
manteria intacta até a chegada de Isaque e Rebeca, entretanto, Abraão prantearia sua morte, ainda que nova família lhe trouxera a união com Quetura.
Por
que temos de chegar a esse ponto. Por que não almejar que a alegria chegue com
a manhã como o fizera o apóstolo Paulo e nos entrega linda mensagem?
Ainda
assim, Deus nos dá a promessa de que podemos ser novas criaturas. Deixarmos a
velha para traz, seguir caminho certo quando nos entrega seu próprio filho para
que possamos ter vida – vida em abundância.
Sob
esses apontamentos, pude encontrar a pregação do Pastor Benhour Lopes da qual percebi que há homens que se preocupam com as feridas de Saras em nosso
tempo.
Ótimo
início de ano – 2018.
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Acompanhe a pregação
https://www.youtube.com/watch?v=MTZX_x2D8wU