sábado, 30 de outubro de 2010

A ADMIRÁVEL IGREJA

Cânticos capítulos 3:6-11; 6-10; 8-5-9

Vamos fazer uma representação de uma peça teatral dos capítulos três, seis e oito do Livro Cântico dos Cânticos dividida em três atos, onde o personagem central Salomão, vem representar Jesus a surgir no deserto.

1º Ato – personagem principal Salomão

“Que é isso que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumado de mirra, e de incenso, e de toda sorte de pós aromáticos do mercador? É a liteira de Salomão...” (Ct 3:6-11)

Em cena aparece Salomão e o cotejo que o cerca – sessenta cavaleiros escolhidos, experimentados na guerra; os notáveis de Salomão.

A figura de Salomão representa Jesus, o qual surge do deserto – aparece do nada. Ele o único, o alfa, o ômega, o princípio e o fim – o Verbo – e que vem acompanhado dos notáveis – os profetas e apóstolos. Jesus que vem trazer os fundamentos da igreja, simbolizando o Rei, como general, batalhador guerreiro que luta e triunfa.

Podemos perceber a diferença entre Davi e Salomão. Enquanto aquele era homem de guerra, que vencia batalhas através das armas, este Jesus – aqui representado por Salomão – vence pelo amor.


2º ato – a noiva, a esposa

“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol, formidável como um exército com bandeiras? (Ct 6:10 )

A noiva é a igreja de Deus que aparece marchando. Surge como a alva do dia, o brilho da aura, espancando a escuridão, trazendo a luz, alvorecer da igreja. Surge para ser a luz, o entendimento do Evangelho. Toda enfeitada, sinônimo do próprio Reino dos Céus.

Ela não está sendo vista sob nossa ótica, mas é Jesus que se admira. Ao observarmos a criação a cada passo Deus se admirava; podemos perceber Jesus se admirando e concedendo virtudes à igreja – coragem, perseverança, fé, amor, paciência, simplicidade, inocência, pureza, brilho como o sol.

O que é a igreja senão nós?

Quem imagina uma noiva vulnerável, frágil! Jesus complementa com um exército destemido, formidável, razão pela qual uma igreja conquistando ruas, bairros, aldeia, vilas, cidades, países; formidável, ostentando suas bandeiras.

3º ato – arrebatamento da igreja

“Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada ao seu amado?” (Ct 8:5)
Neste momento é Jesus voltando com sua igreja arrebatada, ao lugar de origem. É a princesa – Sulamita – que ouve seus clamores:

“Volta, volta ó sulamita, volta, volta, para que nós te contemplemos” (Ct 6:13)

É a igreja que se reúne a Jesus no arrebatamento e dele ouve a declaração de amor:

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte...” (Ct 8:6)

Precisamos olhar a igreja como Cristo a vê. Se olharmos para nós veremos dúvida, crítica, impaciência, porém Jesus nos olha e nos vê santificados, lavados, em glória e não em derrota.

Jesus nos vê como obra de arte acabada; como o escultor que acabara sua obra em mármore e diante da perfeição dos traços, ordena-lhe que fale, mas esta fria, gélida como pedra, permanece muda. Nós, porém, obra perfeita ante seu olhar de Pai, ordena-nos a falar e nós falamos.

Somos para Jesus um “jardim fechado” (Ct 4:12). Precisamos olhar a igreja sob a ótica de Deus.

Quem é esta? Esta é a igreja de São Carlos que está nascendo.  Esta somos nós.
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(Apontamentos de Inajá Martins de Almeida mediante a pregação do Pastor Edson Quinezzi – Igreja Batista Betel São Carlos 24 de outubro de 2010 – domingo 19 horas)

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